quarta-feira, junho 29, 2005

Objectivo

Tenho dado por mim a pensar em qual será o objectivo da minha vida. Não consigo encontrar um. Segundo o Brian Weiss, todos estamos cá com o objectivo de aprender algo, em cada uma das nossas vidas temos de aprender algo. Não sei o que é suposto aprender.

Mesmo que tenha um objectivo oculto, n usufruo da vida como os outros. Não me considero uma pessoa nem feliz, nem indispensável. Não sinto que seja indispensável para ninguém q me rodeia. Se morresse não haveria qq impacto na vida de ninguém, tudo continuaria exactamente na mesma. Tenho inclusive a certeza que haveria quem considerasse isso um alivio....

Já alguma vez imaginaram o vosso funeral? Quem iria.. se iria mta gente... se iriam por obrigação ou se por gostarem mesmo de vcs ou lamentarem a vossa morte.... Será que haveria uma homenagem? Será que chorariam?.... Provavelmente depressa esqueceriam....

Não sou impulsiva, corajosa, extrovertida.... Vivo pouco a vida, mas n a sei viver de outro modo. Aproximo-me de desilusões, de discussões..... que me afastam para o meu mundo, pequenino e acolhedor onde estou sozinha.

E a minha alma morre um pouco, todos os dias..... todos os dias diminui um bocadinho.... todos os dias sangra um bocadinho....até que um dia terei uma alma em branco....

11 comentários:

Pitucha disse...

Foi a crise das quartas-feiras? Espero que já te sintas melhor! E sim, haveria decerto quem sentisse a tua falta. Nós na blogosfera, por exemplo!
Beijos

Ana disse...

Entao???? Achas que eu nao ia sentir a tua falta... agora fiquei triste... tu fazes muita falta mesmo... muito mais do que alguma vez imaginas... achas mesmo que eu nao ia sentir a tua falta? Jokas

Taina disse...

hmm... n foi isso que disse. Mas se reparares, o meu impacto na tua vida é pouco ou mesmo nulo.
Talvez o trio sentisse a minha falta, embora uma vez mais a minha participação seja cada vez menor. Bigado pela força pitucha, no entanto, axo mt cedo para que a blogosfera sentisse a minha falta.
Interessante que quando me expresso sob a forma de um poema nunca parece tão cortante nem causa grandes reacções:)

Vilma disse...

Eu acredito que a nossa vida tem um propósito e um sentido. A nossa alma grita sim... porque ela anseia pelo seu criador e só nele encontra sossego e descanso. E ao viver cada dia sabendo que não é em vão a minha passagem pela Terra, que a cada dia estou mais próximo do alvo que é Deus, ajuda-me a encarar melhor o dia... enfim, eu vou diminuindo sim, mas porque é Deus que me preenche cada vez mais e mais!
E com certeza que tu podes pensar que ninguém se importa contigo, mas não acredito... sinceramente!
Apesar de tudo, gostei deste post, porque ele é o grito que eu já senti um dia também.. ;)

Salta Pocinhas disse...

Acho que andamos em sintonia... Também eu já dei comigo a imaginar o meu funeral e como seria se eu morresse de repente. Sei que alguém irá sentir a minha falta, mais que não seja, a minha família e, principalmente, a minha filha.
Penso que estes medos estejam relacionados com o nosso dia-a-dia, tudo passa tão depressa que parece que nos esquecemos de quem amamos. Mas é mera ilusão! Aqueles que nos são queridos estão sempre no nosso pensamento, ainda que camuflados com as preocupações que nos assolam todos os dias, como os acertos da edp (que é o que está a moer o juízo neste momento).
Beijinhos
Gosto muito do teu cantinho

Pitucha disse...

Taina

A blogosfera não se rege pelas regras do mundo e é isso que tem piada! Sentimos afinidades com pessoas que nunca vimos (e que se calhar nunca veremos), sentimos que pouco a pouco começamos a ser blogoamigos. E depois, mesmo se ainda conheço pouco a tua blogoidentidade, a tua maninha é uma docura e já é minha companhia habitual. Claro que ia sentir a tua blogofalta...
Tomamos um copo quando vieres a Bruxelas e falamos sobre o assunto?

AnaBond disse...

Sou 'nova' aqui, não me posso incluir nem sequer num 'conhecido'. Mas espero que não te importes que eu dê a minha opinião.

Nunca pensei no meu funeral, mas pensei em estar internada num grande período. A um funeral vão pessoas para serem vistas (porque fica mal para a família ou um amigo ou um colega de trabalho não ir, mas como não é visto pela pessoa, tanto faz), a um hospital vão pessoas que fazem questão de mostrar que querem saber de nós e que nos dão o apoio emocional que precisamos por vezes.

Pensei se realmente alguém iria visitar-me. Amigos com maiúscula... tenho uns poucos. amigos que me querem bem... acho que tenho muitos, mas por isso me questionei em tempos quantos me iriam visitar.

Objectivos na nossa existência... não sei se os há. Temos sonhos, sim... e sonhos são o que são.

Não sei quem será indispensável. No mundo inteiro, mesmo que ajudes alguém (de qualquer forma), não sei se alguém não pode ser substituído.
Toda a gente marca alguém, toda a gente quando desaparece deixa marcas, mas toda a gente é substítuivel, de uma maneira ou de outra (podem ficar as memórias e as saudades, mas tudo passa).

O meu objectivo agora é dar tudo o que puder ao meu filho. Antes disso era viver o dia de hoje.
Não sou impulsiva (devia ser mais, às vezes), não sou corajosa, nem extrovertida. Vivo para me sentir bem. Faço, actuo e falo para estar bem comigo mesma.
É que descobri pela pior maneira que amanhã posso cá não estar e por isso não penso muito no futuro. Claro que tenho os meus cuidados, mas nada de especial. Todos somos humanos (acho :D) e todos um dia desapareceremos... quando, não sabemos. Daqui a umas horas posso não estar cá.

Mas neste momento sei que só marcaria duas pessoas (acho que a minha mãe e a minha irmã tb ficariam marcadas). Mas seria substituída. As memórias e as saudades ficam, mas tudo fica mais fácil com o passar dos tempos.

Se soubesses que estou a falar muito a sério, diria-te para não pensares muito nisso. É cliché, mas é absolutamente o que acho que deves fazer, por mais que eu saiba que palavras leva-as o vento.
O ser humano tem apenas um objectivo... viver.
Mas só tu saberás qual a melhor maneira de continuar... só não te isoles, pois não vale de nada.

Desculpa o testamento.
beijo

(ps - um poema é algo tão pessoal e tão único que muita gente não tem coragem de comentar. eu, por exemplo. e ainda podem haver pessoas que não levem um poema tão a sério, pois há outras tantas que escrevem poemas sem realmente sentir o que estão a colocar em palavras... espero que entendas o que quero dizer)

Margarida Atheling disse...

Levanta a cabeça!
De certeza que não é assim!

Há momentos na vida em que não conseguimos acreditar que um dia vamos ter dias claros e alegres, e que só vemos escuridão! Mas um dia passa! Garanto!!!
De verdade! E olha que tens uma irmã... muuuuito especial, hein?!

Beijinhos!

39 disse...

Não digas isso. Sabes bem que seriam muitos a sentir a tua falta, e a tua irmã demonstrou isso muito bem no blog dela. Vá coragem. Para se viver é preciso lutar, é preciso ser-se corajosa, é preciso cair e saber como se levantar. A vida não é fácil, realmente, mas também não vale apena complicá-la imaginando o nosso funeral ou acreditarmos que estamos sózinhas no mundo.
Sofrer com as desilusões da vida nem sempre é mau. Como tudo na vida há sempre algo positivo e a parte boa do sofrimento é termos a oportunidade de crescermos mais um pouco e de tornarmo-nos ainda melhores.
Vá toca a animar! Quero um sorriso, ok?
Beijocas grandes

Sr. Jeremias disse...

Já pensei várias vezes em como vao ser o meu funeral, e dia após dia a visão é diferente.

Não sei se já reparaste mas nós vivemos numa terra em que as pessoas tâm sérios problemas em dizer o que pensam. Mas todos sabem como sabe bem ouvir certas palavras. Olha à tua volta e vê aquelas pessoas sem as quais tu não podias passar. A quantas delas disseste o que sentes??

E a alma não morre, retrai-se, para quando chegar a altura certa expandir até ao infinito. E nesse dia não voltará a sangrar porque dentro da felicidade não há espaço para a tristeza.

Já agora, eu ia sentir a falta :(

Loucura disse...

eu entendo o que queres dizer...
ha sias em que penso o mesmo, mas no meu caso e mais por fases, quando estou mais em baixo e que penso, oh que falta faria eu, mas depois apercebo-me que se calhar ate faria alguma. e tu, com toda a certeza farias bastante falta, a tua familia, a tua mana, aos teus amigos.
Va toca a animar e nada de pensamentos desses. :D
beijinhos