quinta-feira, junho 23, 2005

Percorrendo a estrada

Percorrendo a estrada
Que chamam de vida
Não reconheço o seu valor
Sinto-me perdida

E se um dia
Eu não curvar?
Embater na tristeza
Optar por não me curar?

Se um dia eu vir um buraco
E não me desviar
O que causará nos outros?
Poderá a morte animar?

Mente focada no final
Não conhece o presente
Não o vê... não o conhece
Não o vive... não o sente...

Nunca o fará
Mas pensa e mói
Sabe que não adiantará...
Sabe que a verdade dói

E quanto a isso
O que há a fazer?
Olhar em frente
Ainda que a tremer

Percorrer a estrada
Sem saber onde vai acabar
Aguentar as dores
E como parte da “vida” as aceitar

Mente cobarde
Que espera pelo tempo
Para que este lhe mostre a felicidade
Ou que lhe acabe com o sofrimento

CH 22/03/02

2 comentários:

Ana disse...

Nunca ninguém sabe onde a estrada acaba... se soubéssemos não tinha piada a viagem... com as curvas e os buracos vai ser a melhor viagem que alguma vez farás... jokas

Ana C. disse...

Maninha... uma estrada a direito não tem piada nenhuma! Gosto mm muito deste poema, és uma artista :)

Beijinhos da canita