terça-feira, maio 08, 2007

Abstracto

Aprendi a depender de mim e apenas de mim há alguns anos atrás.

Assim sei com o que contar. Tenho-me como uma pessoa relativamente inteligente que sabe analisar as coisas. Torna-se, assim, dispensável a partilha de preocupações e problemas. Assim não ouço o que não quero ouvir, teorias ou análises vãs...

Desiludi-me a mim própria. Desiludi outros. Nada que me surpreenda, confesso. Ainda assim dói saber isso.

Não me surpreende porque cedo me apercebi disso, mas não consigo fazer mais.

Criam-se expectativas à minha volta que não deveriam ser criadas. A queda assim torna-se bem maior... assim como a desilusão...

Não sabe bem desiludir...

Apercebo-me com o passar do tempo que sou uma pessoa fraca, sem grandes ambições, que não sabe mudar, abrir novos caminhos.

....

Sei que desiludo e vou continuar a desiludir se seguir o caminho que estou a tomar. No entanto, não sei que outro caminho tenho. E como saber se não vai acontecer exactamente o mesmo nesse novo caminho? E perde-se a hipótese do anterior?....

A vida magoa-me, todos os segundos de cada dia.

A incerteza e fraqueza faz-me sangrar.

Não sei se tenho muito mais sangue para sacrificar......



3 comentários:

Anónimo disse...

Todos temos o direto de ser felizes. O ser humano tem a grande vantagem de não agir inteiramente por instinto, mas poder também optar seguir por diferentes caminhos. Se achas que esse caminho não te faz feliz, parte num outro, ou espera que este te dê algo de bom. Às vezes as mais pequenas coisas da vida são as mais importantes, e nós nem reparamos:)

Sr. Jeremias disse...

Fico confuso quando te leio. Não sei onde vais buscar tanto negro...

Taina disse...

A momentos negros?