em que o sol espreitava e aquecia tudo o que a rodeava, sentiu necessidade de satisfazer a vontade que crescia dentro de si. Conhecia-a bem... Sorriu levemente e saiu para a rua.
Atravessou o pátio que a distanciava do objectivo da sua caminhada. A cada passo sentia o sol a tocar-lhe na pele e um arrepio de calor inundava-a. Sempre lhe soubera bem sentir o calor de um dia alegre.
Abriu o portão e olhou em redor. Os animais de sempre. Sentou-se à beira do lago improvisado e fechou os olhos. Voltou a face para o sol e deixou-se inundar por breves instantes pela tranquilidade que isso lhe transmitia.
Sorriu uma vez mais. Como uma coisa tão simples podia ser tão boa. Ao longe ouvia os gansos e as galinhas em amena cavaqueira, aparentemente alheios à sua presença.
E então começou a cantar, bem baixinho. Era o único local onde se autorizava a cantar. Cantava quase sempre as mesmas músicas...quem sabe os gansos não a começariam a reconhecer?
Um encontrão obriga-a então a abrir os olhos. É o bode que vem reclamar os seus mimos e a sua atenção. Cumpre alegremente com a obrigação e sai.
Sai em direcção à piscina. Senta-se na borda e coloca os pés dentro da água morna. Imediatamente é ladeada pelas cadelas...mais uma coisa que a faz sorrir.
E ali fica...quieta...apenas mexendo os pés.
O frio vence-a...sempre...assim que o sol desaparece no horizonte.
E então volta à vida de sempre.... limpa e reconfortada, quieta e de alma partilhada.
Não é preciso muito para se ter um momento de tamanha calma...
terça-feira, outubro 31, 2006
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1 comentário:
:) boa descrição! beijocas com saudades
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